NÃO FALE DE SAUDADES

Faça de conta que o tempo não passou, que esse momento é a sequência ininterrupta de tantos outros que vivemos; volta a vida, apaga o espaço deixado, que não vivemos juntos... vês algo diferente em meu olhar? Não poderias... nada mudou na minha alma, no meu coração... ainda sou a mesma que já
chorou por ti e sorriu contigo; ainda é o mesmo amor, este brilho que te envolve, quando me fitas...
Não, não fale de saudades; o que sentimos foi uma emoção que, na distância, sublimou, acrisolou o sentimento que sempre nos dedicamos...
Acolha - me docemente em teus braços... meu corpo inteiro anseia por sentir - te real, palpável... o calor antigo que o envolvia
e despertava suas chamas internas numa intensidade quase desesperada!
Fale de amor como se a ausência nunca tivesse acontecido... misture estrelas e futebol, rios cristalinos e cerveja, chuva e Sol
e o preço da gasolina... eu não me importo, mais... me importa é que voltastes, que estás aqui, ao meu lado, olhando - me com esse olhar de cãozinho perdido, pedindo perdão pelos erros passados, jurando - me um amor que desconhecias e que, agora, queres viver intensamento comigo, por mim, por nós, por ele...
Nada farei para mudar teu jeito, porque te amo como és, assim como voltastes porque teu amor é maior que a tristeza que te causei, cobrando - te para que vivesses para mim e apenas para mim, como se nada mais existisse no mundo... mas também eu caí na realidade... para sermos felizes de verdade, temos que
respeitar a individualidade do outro, não invadir seus espaços além do que nos é permitido pelo amor, não cercear seu direito
de ser, sua liberdade.
Comemoremos, meu amor, a nossa volta ao mundo dos vivos! Daqueles que amam sabendo amar, sendo felizes sem ter que cobrar nada do outro, mas apenas por amar e ser amados.

Arianne Evans
Enviado por Arianne Evans em 13/09/2005
Código do texto: T50205