SÓ A ARTE UNE

De uma só mãe/pai a infinidade de seres e formas e cores e dores e aflições e sonhos, cada qual moldado à função que se destina. Por dentro e por fora, muito iguais, assim conta a lenda, a tradição.

Depois veio a religião e diz que uns são escolhidos outros danados. Aí tem a questão da terra: privado ou estatal? Não se tem notícia da primeira escritura, quem criou a propriedade, se foi de papel passado ou de boca?

Alan Wats diz que as religiões são divisões, o que causa a discórdia ao separar os “salvos” dos “condenados”. Talvez sejamos mesmo uma paródia das ideias divinas, como pregou Ionesco. Enfim, somos o que a política/religiões quer que sejamos: divididos.

Só a arte une, pois ela nos diz lá dentro aos nossos sonhos, dores e delícias,