SOLIDEZ DO EFÊMERO
Especulações solitárias cristalizadas e intrinsecamente contraditórias se refletem na monocausalidade de forma exponencial ensaística do amor. Amor dilacerado em sua autenticidade, simplificado, consciente dos riscos, ora, emperrados pela erosão de pensamentos e palavras proferidas sabiamente sussurradas, por diversas razões imperativas, contudo, inescapável por aspectos provocadores.
Confessa-se, porém, que ao incorrer nesses riscos se afigura impossível não reagir aos estímulos sentimentais, emergidos da carente perspectiva momentânea de se fazer plural; adjetivando o dualismo das emoções que se configuram nas argumentações do corpo que, flameja, explode e ultrapassa o racional.
Imposição conflitante da alma em sobrepor a paixão nostálgica no esperado enlace, além de encorajar a manifestação, indizível e pueril com reflexão criteriosa, singularmente clamante em sua palidez eloquente, desesperada, a saber, dizimar com maestria a calorosidade da ação romanesca.
Fabuloso entroncamento de sentimentos em arquitetar em signos os detalhes na sexualidade viciosa, lacrimejante e desrespeitada. Quão sutil inflama as quimeras na esperança do tempo – espaço em demasia a rebela-se ao arquear corpóreo gotejante do néctar expelido em conta gota, ao corresponder a sede de sorver as doses em escalas da sobrevivência. Absoluta experiência, acarinhada infinitamente no arcabouço da natureza questionadora e insensível. Prematuro imaginar as analogias gritantes e envolventes desenvolvidas em hemisférios distintos e singulares, no mapear com o toque as evidências ensandecidas do amor em seu maior grau de encantamento.