POR SER MEU, MAIS UM DEVANEIO

E as notas que assumo

Tão ledas, tão delas.

Suportaste o ódio, tais apelos

O insosso jeito à espreita.

Hão floridas azinhagas

Cruzaste o pólen dourado

Ao pé da meia luz

Ao jocoso e tenebroso adeus.

Quem me entendes? (tu?)

Não creio!

As sépalas a sangrar o mel

Teu céu engalanado e pouco cais a perquirir

- relva variegada.

O mesmo imenso vezo intenso assaz exsudado

Da rota e pútrida artéria

A derramar féis nitrificados de doçura

De beatitude e de amor.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/04/2015
Código do texto: T5216162
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