A MORRER DE PAIXÃO

Que se apressem os versos

A comporem melancólica e harmoniosamente

A vida.

Que se ajeite a vida

A propor categórica e inevitavelmente

os versos.

Nada de por o pôr ao lado do espartilho dourado!

Sem repor o róseo corpanzil subtraído pelo debuxo do desejo.

É o momento da caveirinha beber o seu tinto

E rasgar lamúrias, despetaladas injúrias em uma noite toda nossa.

Em posse dos versos

A brindar a vida

A morrer de paixão.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 04/05/2015
Reeditado em 04/05/2015
Código do texto: T5230526
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