A MORRER DE PAIXÃO
Que se apressem os versos
A comporem melancólica e harmoniosamente
A vida.
Que se ajeite a vida
A propor categórica e inevitavelmente
os versos.
Nada de por o pôr ao lado do espartilho dourado!
Sem repor o róseo corpanzil subtraído pelo debuxo do desejo.
É o momento da caveirinha beber o seu tinto
E rasgar lamúrias, despetaladas injúrias em uma noite toda nossa.
Em posse dos versos
A brindar a vida
A morrer de paixão.