RETALHOS DA ALMA

Beatitude!

Relativamente o céu

Em detrimento do incólume amar.

Doze horas são muito!

- intenso e loquaz marulho -

Tens o dia, tens os molares da pleiteada fêmea

- ao pé da jaqueira, à sombra do esquife -

Sepultara inda há pouco

Correra assaz e se olvidara da essência.

Não pode!

Ao andar com a tampa aberta

Deve-se vigília ao escrúpulo

Para que as anáguas girem esperançosamente

Para que botelhas enegrecidas se lancem em profusão

Ao véu do perdão, ao hemisférico estro.

Nada se ouve, nada se exprime, nada se espreme entre os retalhos de alma espalhados no colchão.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 07/05/2015
Código do texto: T5233676
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