MELANCÓLICA
Outono
Escala em gris se diverte
Com a losna claudicante, com a falta de apetite.
Cores gingadas se esvaem
Revelam os segredos mais recônditos
Assumindo o desespero de viver em desarmonia.
A morte insossa e prásina
Duma tarde vacinada, indócil
A contar dos violáceos pelos
A se olvidar de tudo.
Não há nada!
Nem o arquétipo cio da vaga estrada
Nem as polutas vozes a suturarem bobices
Ode ao forjado encostar do astro.
Que, de tão áspero, queima-me assaz
Por hora solta, na conta capa almejada
Por um naco de carne ao espeto, por uma sólida mania de vezo.
Apartem da sala o passo forte e febril!
O suspirar das muralhas, o tilintar.
São novelas de cotas diante dos anos
Que se esguelham, que se definham
E se esvaziam perante as rugas do espelho.