CAIS DE AMOR

Sete...

Chuva

Clave de sol

Ausência, desgaste, flor de sal.

Seis!

Universo desacompanhado

Inebriante espaço de nada e vírgulas

- entre a renque e a ponte -

Coração.

Setembro

Ave tangencia

Esgana-se, apressa-se

Alinha com a alma.

Parece, enfim, a estação do poeta

Ocultada e insípida mente

Mareando, mareando.

Só as notas, só os tons

A ruborizar a face

A dourar os sonhos

A apoitar, desmesuradamente, o amor.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 18/05/2015
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