A  menina que teve a Infância roubada

Uma pequena garota

Com batom nos lábios 

Era explorada

Essa garota não percebia mas era usada

A pobre menina abusada

A criança que não brincava

Vivia exposta a sua sorte

Mas que sorte?

Viver a mercê da morte

Morte da inocência que a cada dia era roubada

A infância perdida

Da menina que vivia às margens da estrada

Esperando um afago

Vendendo o corpo por um trocado 

Da ausência da escola que não educava

Da falta do lazer que não tinha

Da família ausente

Da falta de atenção de quem passava

E a menina que ninguém enxergava

Esperava na estrada

A carona abusada 

De um adulto opressor

Da falta de amor

A maquiagem no rosto escondia a tristeza fria 

Da menina que podia ser minha ou sua cria

Mas que ninguém via.

Francineti Carvalho
Enviado por Francineti Carvalho em 19/05/2015
Reeditado em 14/05/2019
Código do texto: T5247662
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