UM SOL MUDA TUDO!
Sóis
A sombrearem debalde minha vida
Nas alamedas, nos castelos erguidos a fio.
Sóis
Soberanos na sôfrega arte de encantar
Às turras com o desalinho, ao pé da alma.
Que me escorrem quando escuto Bach
Que me alentam, que me castigam
- e sorrio miúdo sem ninguém ver.
Importa-me o sol lívido das manhãs ensanguentadas
Remontadas no tempo
Como Apis a compor o enxame.
Não me movo contra ti, ó sol!
Tu és meu apelo desmesurado de cor
Trazes em meu ciclo, muito mais que amplidão...
Trazes o amor!