PELAS FRESTAS
Ode à beleza!
Sem a presteza dos deuses não há
O manto a se agregar ao afeto
À contra capa do verso, embebido, desleixado.
Amolga-se o cabo frouxo da aldrava
Range sutilmente, displicentemente.
Um dia tal mania de vezo abrir-se-á com a dor (como a flor)
Despetala-se, sorve toda a essência e se encanta.
O amor é concreto dissolvido nos poros
Pouca salsa, muita páprica.
E na súplica altaneira da invernada
Ode ao amante!
Sem a destreza do mesmo não há.
Não há mesmo!