OCLUSO

Estão dirimidas as réstias

Sem prevaricações

Outono em meu ser.

O "eu" absorto, labiríntico

Capengando às voltas com o penar

Ora essa! Ora tudo!

Não há mesmice que me impeça nesse mundo!

Fitem os olhos flamejados de dor

Rompam as nódoas; as nozes hão de florescer

Arquejando, com tinas de envelhecido nas cordas da harpa.

Ora dia! Ora nada!

Sôfregos lampejos de brilhantismo ímpar

Desodorizados!

Isquêmicos, surtados, melindres.

Não há miséria que me ponha a chorar

Não há caminho que não me faça sonhar

Neste universo impalatável de nuances e essências vis.

Ora isso! Ora "eu"!

Ora nada!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 03/06/2015
Código do texto: T5264796
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