MAIS PURO NÃO VERÁS!

Silente e febril

Tece teias tenras totalmente tensas

De amplidão

De amor escorrendo pelas veias

Todas as recorrentes notas hão de me acompanhar

No par de valsa, ao pé da lira.

Sentimentos audazes, rompedores

Aleitamento nutritivo

No altar dos olhos, entre a brisa e o teu suspiro

Não ligo pro mundo, não digo absolutamente nada!

Apenas escuto a sua voz, o teu silêncio

Nos interlúdios mais conexos

Em que minh'alma se apega e rola ribanceira à tona.

Na autarquia do verso, na fidalguia das tardes épicas

Nas lembranças e nas sequelas lívidas do teu amor.

Sempre a parte frágil, nunca tão assíduo

Envolvente, casto, paradisíaco

Não se pode conter, não devo me abster

Do toque acetinado do teu ser.

Como quis a lua aos quatorze tomos

Como fazem os átimos desde então

Lapidando meus dias de pureza e de fervor

Aliterando, reinando com rubra capa

Majestade suprema, premissa em meu viver.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 03/07/2015
Reeditado em 04/07/2015
Código do texto: T5298436
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.