O RENASCER

Além das notas inebriantes e cálidas

Ao estopim da ignota pele

Ao romper da alvorada

Sufrágios nos fazem mendigos.

Por mais nódoa que se caiba

Pelas frestas do pergaminho amarelecido

Rostro e perigalhos que amoitam e guardam.

Não há vida neste imenso amarelo

Há limo, ternura absorta e dor... Muita dor!

Trinam escoltas a nos impelir pelo medo

Armam-se de ninfas e soldados esbranquiçados

Insipidez alçada ao longe

Pelos séculos da tristeza prásina e inscultural.

Só posso colocar na brasa

A alma enlameada e resistente

Tais resiliências militares

Que me desobrigam, me habilitam

E me fazem voltar a sonhar!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 11/08/2015
Código do texto: T5342859
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