O AMARGO DA VIDA

Ador cresce, tanto quanto a saudade, quando se envelhece com um triste olhar ao passado. Escolhemos caminhos, acertamos rumos, mas muitas direções mostram-se equivocadas, e o espelho não perdoa tamanho erro, são as rugas das rusgas que nunca, na verdade, precisariam existir. A gente aprende, mas o tempo não para, vem a experiência, vão se as forças, vem a verdade e sobram as motivações, mas meu coração sabe que peças novas , simplesmente resistem em se encaixar em peças usadas, sem o uso, é claro, da força bruta, que encaixa, porém empena.

Deixar está, setenta oi oitenta anos passam tão rápido como a saudade de um amor não correspondido, e a vida fica estampada em uma lápida largada num canto de cemitério, salvo um poema que se traduz na própria existência inexplicáveis de tão inteligentes egoistas e idiotas da superficialidade.