FRÁGIL NAU...

O passado surge em ondas violentas, 
de lembranças, vindo quebrar - se nas 
praias do meu coração, derramando - se
amargamente, dos meus olhos...
Meus pensamentos caminham as mesmas 
pegadas deixadas na areia do tempo... 
Quanto tempo... Parece que já se passaram 
séculos, desde que eu me sentia navegando
águas azuis de felicidade... 
Muitas marés subiram e baixaram nas voltas 
que a vida dá, e hoje, depois do maremoto que 
assolou a calmaria da minha existência, apenas 
um oceano turvo de desilusões e desencantos 
vêm quebrar - se nessas praias... frãgil nau, 
que sou, não muito tempo levará em que, à 
deriva, irei arrebentar - me num recife qualquer, soçobrando, submergindo para imergir nas 
águas plácidas da eternidade...

Arianne Evans
Enviado por Arianne Evans em 25/09/2005
Reeditado em 25/09/2005
Código do texto: T53648