CRIANÇAS MORTAS, DESCULPAS..

Estados fortes, mundo caótico, miséria e guerra, religiões assassinas. É assim que se faz a história, não há glória, só podridão debaixo de cada casaco de vison, de cada reunião do G-8. O sol inclemente, sem água, sem pão. Na vida nada se repete, nada se iguala, isso é claro como a água de fonte, tudo pode virar pó num só rompante. De repente a bomba cai, o barco vira, crianças mortas, desculpas. (CPA, in Tijolos Poéticos)

BOMBAS, MAR, CAOS

Não há pouco a fazer no mundo. Muito para construir, sem destruir a base de tudo, que é um bem, um feito comum, moldado a sangue escravo, servidão-subserviência, domínio, salário pouco, ditadura e muita riqueza. É certo: quem morre, sempre, são as crianças, índios, pobres. A dor do mundo cresce no meio peito. O mundo é duro com gente, com quem não fala, com que não tem nada. Para esses: lama, bombas, caos e o mar à frente... (CPA, in Tijolos Poéticos)