ÍRIS

Terra, água, ar, fogo, tempo, vida... o mundo jamais diz algo à vida, a vida oscila entre extremos: broto e desbroto; por que o nascimento, por que a morte? Para que a travessia e o depois? Para nada, simplesmente termina... Do berço ao jazigo, do feito ao desfeito. Mas, por magia, tudo torna e retorna em eternas impermanências. E, em incontáveis vezes, do céu da morte surge Íris, a fulgurante das asas de ouro! Carregada pela leveza dos ventos, a mensageira dos deuses faz brilhar o céu da vida. E tudo se recompõe, e tudo recomeça...

Sílvio Medeiros

Campinas, é setembro de 2015.