QUANDO VIDA E AMOR SE (CON)FUNDEM

Nesta manhã de sexta

Ergo, lavro e proporciono

Inúmeros brindes à vida...

À vida ampla, profunda, irrequieta, soberana e intensa

Àquela inteira de sentimentos catastróficos, sal e brasa

Muito mar e pouca terra.

Nas cotas da ilusão

Sangra, abrange, rema e circunspecta o atobá altaneiro

Embebedando-se de altos voos, internacionais

Donde as losnas florescem e alimentam a alma

Ora, dunas; ora, sois!

Meu correr é tão discreto, tal a chacoalhada do bisão das neves.

Não tenho pregas, nem adriças

Detenho as lições mais generosas para abraçar assazes e inóspitas profundidades

Não tenho lima, tenho fleimões

Que me aquecem, me enjeitam e me adivinham os caminhos.

Se me entornas, ó vida bela!

Apareço enviesado, por trás das cortinas

Ao observar tal nobreza, ao ingerir nau e sonhos capitânios

Pois da vida, leitor...

Não se leva nada, mas se vive tudo

Não se prega nada, mas se desprende da alma ressequida, o corpo leve.

A vida é magnânimo oceano a ser sugado com canudos de plástico

Contudo, haja lira

No seu bocejar de relíquias, no seu bem estar renovado

No mais recôndito posto de felicidade que se possa chegar

Na beatitude da variegada rosa, no labelo encarnado

Na autarquia do amor supremo!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 02/10/2015
Reeditado em 02/10/2015
Código do texto: T5401864
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