CANTADA DE CAFAJESTE
Vivia de farras, a desfrutar sua liberdade
Não tinha a quem se prender, que não a sua vaidade
Era cafajeste. Homem envolvente audacioso
Manhoso...
Imagine a petulância, em de mim se aproximar
Merecia um tapa no rosto
Indecente, malicioso...
Afasto-o aos empurroões, a controlar emoções
Trazidas por sua presença vulgar
Não quero seu toque
Não suporto seu cheiro
Não me perco em devaneios
Não quero me apaixonar
De mim mantenha distância
Não digo que sou santa
Mas não sou mulher vulgar,
Chega de sua conversa,
Deixe-me ir, que tenho pressa
Pare de me amolar
Indecente e atrevido fala no meu ouvido
Sussurrante a me queimar
Sei que não és santa, muito menos criança
Deixe-se ficar
Replico dizendo, sou mulher
Entenda como quiser, não vou me deixar levar...
Quis mais falar, mas de repente me ardendo de desejo
Sou calada com um beijo, louco a me saciar...
Disse-me, não quero que se apaixone
Mas tu és mulher e eu sou homem
Que custa nos desfrutar?
Outra vez calada aos beijos,
Exigentes de desejo, meu corpo em febre,
Penso: Meus Deus, novamente eu caí
Na cantada do cafajeste!