SOB A FRONDOSA (E SAUDOSA) ÁRVORE DO PECADO
Desviemos
Resvalemos na sublime autarquia do amor
Sob as esquinas recônditas e escarpadas da vida.
Perquiramos
Todas as nódoas a se desvanecerem
E o mel a exsudar, a essência a fluir
Ah, como o amor é estúpido!
Saibamos, vivamos e venhamos
Donde brota o tal cosmo em tarde angelical
Nas meiguices singelas, na rebeldia da face.
Classicamente, poeticamente
Entrelinhas são recheios, os tomos pútridos
Ledas alamedas de doce em massa e fleimão
É o preço que se paga, é o carma que se exige.
Não absorto ao poder inenarrável da paixão
Não esquipático nem latente
Injeção de cicuta na aorta.
Aos meus quedos sentimentos febris, um alento:
Hão - de calça branca de pijama - inda assazes golpes baixos
A ferir desmesuradamente a alma ressequida do poeta.
E o coração?
O coração...
Acaba de falecer sob a frondosa árvore do pecado.
Pobrezinho!