SOB A FRONDOSA (E SAUDOSA) ÁRVORE DO PECADO

Desviemos

Resvalemos na sublime autarquia do amor

Sob as esquinas recônditas e escarpadas da vida.

Perquiramos

Todas as nódoas a se desvanecerem

E o mel a exsudar, a essência a fluir

Ah, como o amor é estúpido!

Saibamos, vivamos e venhamos

Donde brota o tal cosmo em tarde angelical

Nas meiguices singelas, na rebeldia da face.

Classicamente, poeticamente

Entrelinhas são recheios, os tomos pútridos

Ledas alamedas de doce em massa e fleimão

É o preço que se paga, é o carma que se exige.

Não absorto ao poder inenarrável da paixão

Não esquipático nem latente

Injeção de cicuta na aorta.

Aos meus quedos sentimentos febris, um alento:

Hão - de calça branca de pijama - inda assazes golpes baixos

A ferir desmesuradamente a alma ressequida do poeta.

E o coração?

O coração...

Acaba de falecer sob a frondosa árvore do pecado.

Pobrezinho!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 14/12/2015
Código do texto: T5480038
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