FALE QUALQUER COISA, MAS FALE!
Silêncio de minha alma...
Poderoso amigo que tanto me acalma.
Onde quer que eu esteja...
É a voz das estrelas que descem sobre mim.
O (só)riso das flores mestras em tantas belezas.
Cumplicidade de alguns amores que só espiam.
A lágrima quente das dores que o coração sufoca...
Segredo do repouso num recanto qualquer só nosso.
Para uma oração... Uma súplica...
Ou para a supremacia da gratidão.
Ou silêncio de paz... Maravilhoso companheiro que me apraz.
Por vezes assim silencioso acalmas a ira e refazes a paz.
Tu silêncio... És a benção do meu instante.
És a liberdade instantânea do meu pensar.
És a humildade do meu agora.
Ou quem sabe, covarde atitude do já.
Oh, silêncio! Nem sempre és a resposta que quero dar.
Poucos traduzem fielmente este meu "falar".
Quiçá, entenderá o que desejavas expressar.
Onde és possível nunca és demais...
Onde te rejeitam o caos quita a paz e a sabedoria.
Interessante...
Dizem que meu silêncio grita mais que minhas palavras.
Melhor seriam elas a meu silêncio oportuno.
É aquela máxima: “fale qualquer coisa, mais fale!”
Porém... Qualquer coisa não se deve falar, mesmo.
Nunca.
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Garanhuns – PE, 09 de março de 2016.