Outono, como avivar tuas marcas impressas em cada página que escrevo? Em cada crepúsculo que desenha o teu, o meu adormecer?

Aqui o velho piano já não quebra mais o silêncio das horas nem a tosca lareira abriga chamas de outrora. Restam-me apenas alguns poucos momentos congelados na memória – quadros mudos que não fazem história – e as cinzas...

Ali calçada molhada, transeuntes sem manto, folhas ao vento, natureza em pranto... Até quando?

Tristeza? Não! Apatia, talvez... Mais um ciclo se fecha... Adormecem as sementes de um novo amanhã.

Maria Aparecida Giacomini Dóro
Enviado por Maria Aparecida Giacomini Dóro em 05/06/2016
Reeditado em 15/10/2022
Código do texto: T5658372
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