PROSA DE AZULEJO

A rusga...

Inválida

A nódoa.

O arpejo a sonhar

Delirando versos raspados de glória

No holocausto da dor

No pecado tórrido e sufragâneo do amor.

A lima...

Inóspita

O serrote.

O azevém a esporular

Enternece serena e ríspida alma

Na sarjeta molhada

Na vereda mais límpida do ardor.

O vórtice...

Insosso

A hierarquia.

Os mais floridos alecrins do campo

As mais apoéticas sobras de pejo

O relinchar do sabor

Ao pé da saia, rota e esbranquiçada

Prásina de rancor.

Ah, se me entendesse a prosa!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 06/06/2016
Código do texto: T5659127
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