Reflexos líricos

Curitiba, 22 de abril de 2011.

Será que o falso otimismo convence?
Será amigo aquele que se encontra diante do espelho?
Será o amor um sonho proibido?
Enquanto isso a dor procura evoluir à poesia.
Em passos lentos, preguiçosos, desanimados.

Poeta cabisbaixo, imerso em seus rabiscos sem sentido.
São apenas palavras de um universo à parte.
Sem portas nem fronteiras. Sem habitantes nem regras.
E a bebida sagrada é coada na metade da tarde.
Uma dose de prazer para despertar o imperador.
O dia está apenas começando.

Poeta não se prende aos metodismos do senso comum.
Na simplicidade de alguém pouco acostumado a vencer, cria sua própria realidade idealizada no silêncio de um rascunho.
Cenários se fazem e se desfazem no estalar de uma caneta.
Ideias se reciclam em apenas um verso. Vangloriam-se por serem a outra parte do poeta, o segredo que faz dele o gênio que é.

Desgrenhado, pouco comentado, quase nunca acompanhado.
Antissocial, mal humorado. Manias a mil.
O maluco que vive à beira do portal do tempo, que desconhece a palavra que escraviza o globo.
E a noite não pode ser tão ruim assim...

E o dia pode ser a hora de descansar o Eu Lírico do sufoco que é viver num lugar onde não se aprecia pelas entrelinhas.
É muito difícil saber o que encontrar por trás das máscaras porque nem sempre as egocêntricas definições serão o bastante.
Cada ser humano é um universo particular e as descobertas ainda assim sempre terminarão do mesmo jeito que começaram...
Evidências podem não levar a lugar algum.

Poeta não conhece tendências, não se agarra a fanatismos.
Não lhe pertencem as certezas.
E lhe assusta a mudança, necessária ao crescimento.
À margem da ignorância não padece.
A luz do conhecimento irá guiá-lo ao consenso quando necessário.
 
*** Bom dia! Essa prosa poética tinha outro nome, mas tive que mudar, pois fiquei com medo da rejeição. Ultimamente ando triste, não sei o que acontece comigo, na verdade, sei, é porque por mais que eu tente não me abater, aquelas garotas metidas sempre fazem com que eu me sinta um nada...
Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 15/06/2016
Reeditado em 01/05/2018
Código do texto: T5667919
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