A outra...

Está é aquela que te põe tremor, a outra...

Ao tirar-te seus anoiteceres de sono a digo, ela sempre existiu...

Feita de madeira vulgar, mas torneada com as mais finas fragrâncias...

Ela faz tudo àquilo, que tu não improvisas...

Nasceu para nos levar a loucura está sempre presente e nas horas inoportunas...

Visita-me nos devaneios das noites e no iniciar do labor beija-me com sedução...

Tudo entre nós sobrevém por amor e cumplicidade e nada por compromisso...

Dentro de quatro paredes não me deixa dormir, não me pede nada por obrigação...

Nas noites ao som de uma linda melodia, ela nasceu e numa linda dança me concedeu...

O turbilhão dentro de mim ela explodiu ao provar a mim mesmo que eu existo...

Completa meus anseios, sacia meus desejos e torna-me enlouquecido no amor...

Agora ela te sossega e tira todas suas suspeitas, ela te afronta...

O que te parecia uma alucinação que vias somente no reflexo ou no cheiro dos objetos...

Agora aparece na forma real e não mais numa ilusão... Ela foi à outra agora é a principal...

O caso, envolvimento de minha vida a versão que tira a razão...

Portanto, minha senhora te apresento, com todo o respeito, a que foi outra.