O DESPERTAR DAS LEMBRANÇAS ("Aprendi a selecionar meus diamantes... pedaços de vidro já não me enganam mais!" — Tati Bernardi)

Hoje, ao despertar, fui surpreendido por uma visita inesperada. O passado, esse velho conhecido, bateu à minha porta, trazendo consigo um emaranhado de lembranças que se entrelaçam como fios de uma teia. Como diria o poeta Mario Quintana, o passado não reconhece seu lugar: está sempre presente. E assim, me vi imerso em um mosaico de memórias, um misto de momentos felizes e tristes, de amores vividos e perdidos, de vitórias celebradas e derrotas lamentadas.

Senti meus pilares – o físico, o espiritual e o mental – oscilarem. O controle sobre meu destino parecia escorregar por entre os dedos, como grãos de areia em uma ampulheta. Me percebi como um mero ente no meio do universo, parte de um projeto maior que não compreendo. Mas, já no crepúsculo da minha jornada, decidi que meus últimos dias serão vividos à minha maneira, do jeito que for possível.

Com o tempo, aprendi que não adianta cobrar demais das pessoas. Elas são o que são, e pressioná-las só gera frustração. Tudo segue um plano divino, e minha ansiedade não pode dominar-me. Continuarei a fazer meu trabalho com dedicação, mesmo que ninguém me escute ou valorize. Escreverei minhas crônicas, mesmo que poucos as leiam ou apreciem. Buscarei motivação dentro de mim mesmo, como Charlie Brown Jr. ensinou: “Eu faço da dificuldade a minha motivação”.

Hoje, mais uma vez, confirmei que a vida é uma surpresa constante. Não sabemos o que o próximo minuto nos reserva: planos e sonhos podem ser interrompidos por imprevistos e pesadelos. Amigos e amores podem se transformar em inimigos e desilusões. Saúde e alegria convivem com doenças e tristeza. O importante é viver bem, pois Deus está no controle – e se existe livre-arbítrio, prefiro não usá-lo.

Assim, encerro esta crônica: com a certeza de que cada lembrança é um fio no tecido da existência, e cabe a nós tecer a toalha de nossa história com sabedoria e gratidão. Cada dia é uma nova oportunidade para deitar e rolar na tapeçaria da vida, apreciando cada ponto, cada cor, cada textura. E, ao final, quem sabe, possamos olhar para trás e ver que, apesar de tudo, vivemos uma bela história.

ALINHAMENTO CONSTRUTIVO

1. A presença do passado:

Como o autor descreve a visita do passado e como ela o afeta emocionalmente?

Que tipo de lembranças são evocadas pelo passado e como elas se relacionam com o presente do autor?

De que forma o passado pode ser interpretado como uma força que molda a identidade do autor?

2. A fragilidade da vida:

Como a visita do passado leva o autor a questionar sua própria trajetória e o papel que ele desempenha no universo?

Que sentimentos o autor experimenta ao se deparar com a fragilidade da vida?

Como o autor lida com a sensação de impotência diante da grandiosidade do universo?

3. A busca por significado e superação:

Apesar da fragilidade da vida, quais são as motivações do autor para continuar vivendo com intensidade?

Como o autor encontra significado em suas atividades, mesmo que elas não sejam reconhecidas ou valorizadas por outros?

Que tipo de filosofia de vida o autor parece seguir, e como ela o ajuda a superar as dificuldades?

4. Fé e livre-arbítrio:

Qual o papel da fé na visão de mundo do autor?

Como o autor concilia a crença em um plano divino com a ideia do livre-arbítrio?

A escolha do autor por entregar-se ao destino pode ser interpretada como uma forma de passividade ou de sabedoria?

5. A tapeçaria da vida:

Como o autor utiliza a metáfora da tapeçaria para representar a vida?

Que significado assumem as lembranças, os momentos felizes e tristes, na composição da tapeçaria da vida?

Qual a mensagem final que o autor deseja transmitir ao leitor sobre a importância de viver cada momento com plenitude?

Dicas para responder às questões:

Leia a crônica com atenção e identifique os pontos principais.

Releia os trechos que abordam os temas das questões.

Utilize suas próprias palavras para responder às perguntas, de forma clara e concisa.

Fundamente suas respostas com exemplos da crônica e, se possível, com outras fontes de conhecimento.