DIAS FELIZES DE SOL E GRINALDA

Impossibilitada maneira vezeira de instar

Malditas ovelhas ocres a não me prestarem atenção

Balbucio e relincho horrores

E a sobra do que me atina, alucina-me.

Outros tantos séculos de versos

E a contracapa ferina se enche de cio

Plangentes estrias coloridas e abrasadoras da tez.

Colóquio mudo no verão desdentado, obscuro

Pelas três, soa célebre obcônico

A embaralhar a aplasia da prosa

A esmiuçar, doravante, reles escala de tédio

Ei-me ocupado com o lixo.

Pudera estar agora sob as águas eletrolíticas

Podendo sonhar, enquanto durmo

Sabendo enternecer a essência porquanto sorvo

Toda essa mania de perquirirmos dias felizes.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/02/2017
Código do texto: T5919434
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