Se a poesia sumisse...
 
Não mais veria o mar, seu lindo azul cessaria encantos, a Terra muda ficaria, sem ouvir qualquer canto.
 
Se apagassem todos os versos...
 
Contemplar estrelas tentaria em vão, elas lastimariam também a triste exclusão, brilharam antes saudando tamanha imensidão, desejaram inspirar almas, agora pouco anima, restou procurar uma modesta rima, retomar doce estima.
 
Desaparecendo gentis belezas que poetas aprenderam a guardar, aves voariam aflitas, rumo perdido, clamariam encontrar um sentido.
 
Nos jardins formosas flores logo morreriam, o desgosto as abraçaria, imensa vontade de dizer à saudade como faz falta beber maravilhas, deitar palavras formando leves trilhas, seguir escrevendo, mergulhos profundos merecendo. 
 
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Amores levariam a ternura, suaves sonhos ousariam almejar esquecer, jornadas vazias cada passo mostraria vencer...
 
Mas prefiro ainda resistir, verbos mágicos meu valente lápis escolhe insistir, quero muito compreender a verdade, labaredas da felicidade surgindo, incríveis ideais sempre refletindo.
 
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Firme a poesia continua, insinua, o farol que tanto aspirei minha meta, tornei via correta, esperei, qualquer decisão incerta superei, lançou Cupido forte seta, namorei...
 
Um poeta virei! 
 
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Ilmar
Enviado por Ilmar em 23/04/2017
Reeditado em 23/04/2017
Código do texto: T5978812
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