Chuva de noite na roça

Corre o dia, chega a noite, desce nuvem, chove chuva e água cai matando sede no regato.

Cheiro de mato, capim crescendo nos caminhos.

Poeira se molha e se esvai dormindo na estrada.

Balança galhos; sacodem asas, pássaros que não saem do lugar.

Caem folhas ressequidas, canta telhado em respingos.

Assoviam saudades nas janelas; olhos miram solidão.

Chão que dorme; encostas que sonham; enxurradas que lavam.

Natureza sorri no escuro e choram lamentos na noite.

Foram-se pirilampos, aquietarem-se, sob folhas quietas.

Apenas se mexem com o tamborilar dos pingos.

Fecha-se a janela, cala o assovio e a cama suspira sonhos em aconchegos.

Takinho
Enviado por Takinho em 21/10/2017
Reeditado em 05/03/2021
Código do texto: T6149259
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