Serrinha: Berço do Jongo II

        O Jongo no Brasil é conhecido como caxambu, uma dança brasileira vinda da África o ritmo e o som dos tambores são exatamente iguais ao caxambu. É uma dança do meio rural e integra a cultura afro-brasileira e é responsável pelo surgimento do samba no rio de Janeiro. Cabe aqui dizer que influenciou basicamente a cultura popular brasileira como um todo. E é considerado pelos jongueiros, como “avô do samba”. É também conhecido como dança da umbigada.
        O urucungo, o atual berimbau junto com viola e pandeiro, mais três tambores são até hoje utilizados para o acompanhamento, denominado “tambu ou Caxambu” – As manifestações em algumas regiões leva o nome do maior – o tambor menor é de ficção conhecido como ngomapuita – parecido com uma cuíca de tamanho fora do normal. O jongo é até hoje muito praticado em suas regiões de origens, como no Vale do Paraíba, localizado no Sudeste brasileiro, na região sul fluminense no Rio de Janeiro, norte de São Paulo e nas regiões cafeeiras do estado de Minas Gerais, locais onde é conhecido exatamente como Caxambu.
        No Rio de Janeiro, as comunidades que mantiveram ou mantém a prática dessa manifestação cultural estão localizadas nos contornos de Valença, Vassouras, Barra Mansa e Paraíba do Sul. Em São Paulo, Lagoinha e Guaratinguetá com representação nos rios Tietê, Piracicaba e Pirapora onde essa manifestação parecida com o jongo é conhecida como batuque; Essa manifestação pode ser encontrada também na parte sul da Bahia.
      No ano de 1970, mais ou menos, o músico e percursionista do “Império” Darcy Monteiro no Morro do Curupira passou a ser conhecido como Mestre Darcy, com o aprendizado que teve de sua mãe, Maria Joana Monteiro, a rezadeira, aluna da Vó Teresa passou a espalhar e reproduzir a dança nos palcos cariocas, nos centros culturais e escola de ensino superior através de oficinas, formando grupos de adeptos do jongo, se aprofundamento da dança, havendo assim mudança no âmbito social e seu conjunto tradicional de origem, o que deram ao jongo projeção nacional.
        Na Escola de Samba G.R.E.S Acadêmico do Salgueiro, localizada no Morro do Salgueiro, no bairro da Tijuca, até o começo dos anos 1980, havia um grupo de Jongo tradicional dirigido pelo mestre Geraldo, chamado de o Caxambu do Salgueiro, composto por Tia Neném e Tia Zezé, ícones da ala das baianas do Salgueiro
        O primeiro encontro de Jongueiros se deu em 1996, em Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro, extensão de um projeto oriundo da Universidade Federal Fluminense (UFF, desenvolvido no campus universitário da UFF. Participaram deste encontro dois grupos da cidade do Rio de Janeiro sendo um de Miracema, município do mesmo estado. Naquela ocasião passou-se então a ser realizado para uma vez ao ano, hoje o encontro tem a participação de treze comunidades jongueiras.
        O XII encontro foi realizado nos dias 25 e 26 de abril de 2008, em São Paulo na cidade de Piquete, com a participação de mil jongueiros vindos das cidades de Valença, (Quilombo São José), Barra do Pirai, Pinheiral, Santo Antônio de Pádua, Angra dos Reis Miracema, Serrinha, Quissamã, Porciúncula, São Mateus, Campos de Goitacazes, Carangola, São Jose de Campos, Campinas e Guaratinguetá. E por fim, criou-se a Rede de Memória do Jongo e do Caxambu. no ano 2000, no o V encontro de Jongueiros em Angra dos Reis,  formoram-se comunidades jongueiras visando fortalecer “suas lutas por terras, direito e justiça social”.


Nota: Wikipédia, a enciclopédia livre. Em 2011, o compositor Filipe de Matos Rocha criou a suíte Jongo da Serrinha, uma composição para orquestra incorporando elementos rítmicos, melódicos e ritos e gestuais do jongo. A peça foi composta por sugestão do professor de composição Pauxy Gentil-Nunes, e exigiu uma pesquisa por parte do compositor, que frequentou encontros e identificou a influência do jongo em outras obras, como "Choro nº 10", de Heitor Villa-Lobos.[3][4].