porta-estandarte

cruzam a ponte, os desassosegados,

apressados, caminham pelo monumento sagrado em total desvaria,

ávidos por um momento ardente que seja,

que baste.

sim, é meio-dia embebido pelas zilhões

de saudades deixadas pelos nossos

corpos-passageiros,

os carros que trafegam em sentido colapso à nostalgia, bem-feito.

mau-feito é o trânsito dos espíritos saudosos que se estrepam e se consomem no curso

das esquinas. o porta-retratos,

não guarda-chuvas.

Vini Miranda e Júlio Carvalho
Enviado por Vini Miranda em 22/01/2018
Código do texto: T6233380
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