TEMPO.

Montado no lombo do tempo.

Cavalo baio, me levando para o esquecimento, tornando-me desatento aos rancores e magoas recorrentes.

Me leva sobre nuvens da insanidade, trafegando por entre verdades, obscuras, por tanta maldade.

O tempo, esse cavalo forte que galopa sem cessar, lá longe vejo uma luz final, que de esperar nunca que vinha.

Continuo nessa trajetória, o vento corta minha face aumentando as cicatrizes, feitas de atos mal vividos, de camas repartidas e sentimentos contidos.

E horas seguem, sem o tic-tac, idas e vindas de um ponteiro imaginário.

São apenas horas.

São as horas de Deus, Amém.

Felix Chaves
Enviado por Felix Chaves em 06/03/2018
Reeditado em 12/09/2021
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