Solitude

Toda dor passa.

Não importa o quão grande, o tempo sara.

Entretanto, habita entre nós a praga mundana.

Depositamos a felicidade em bens materiais e prazeres rasos.

Vive-se, a grosso modo, com o aval da sociedade. Temem o ato final.

Ou melhor, temem morrer só.

Assim, formam grupos.

Se perdem em círculos.

Assumem máscaras sociais.

Defendem ideais de outrem, que sequer concordam.

Há uma necessidade constante de sentir-se aparado.

De estarem rodeados de pessoas.

E assim prossegue o homem...

Rodeado de pessoas e, ao mesmo tempo, sem ninguém.