a folha

Seu recanto pedras e azuis...

luar enquadrado bege e escorrega...

num cintilante claro azulado...

empossando as sombras, lavando o chão de luz cinza musgo...

que brilha aos olhos que não existem...

nem a presença e calor que o dia amarelou...

há vida...

ao descrever o pó bailando neste espaço de clara fraca luz...

azulada pelo ébano em partes sumindo seu pó, seu tempo...

que é este chão de pegadas varridas de outrora e a aurora orvalhada...

abriga suas ruínas...

odores molhados de fungos...

o verde esverdeado e seus marrons tingem seus pisos rachados, chão.

e na sombra que sou...

deste alto caule de um braço e leve flutuo no colo dos ventos...

espinha dorsal irriga em mim um suco que exala este ar...

irmãs minhas...

desistem...

e caem...

antes de mim...

neste frio outonal.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 27/05/2018
Código do texto: T6348336
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