Mão

Portas abertas.

Suas incapacidades comprimiam o peito.

O sangue vencia as barreiras do corpo.

A vida esgotou-se ante às resistências do eu.

Desvaneceu pelo impacto da cena.

Uma mão segurou-lhe os cabelos.

Outras forças amparavam suas dores.

Não eram suas as chagas.

Era preciso despedir-se.

O passado completara seu ciclo.

Desfez-se o portal.

Era só o desencontro do apego, afinal.

A rosácea enlameou...

Outra mão chegará, não em auxílio, mas em clamor...

Marii Andrade
Enviado por Marii Andrade em 08/07/2018
Código do texto: T6384787
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