Velho Mundo Finito

A chuva lava a terra desde a madrugada, pingos fortes e nesta manhã pode-se sentir outros cheiros além do medo de alguns corações que lamentam não terem no arrependimento o tempo do perdão.

Se com o mundo velho o futuro era incerto hoje com o presente o passado é o mesmo sentido a frente.

O sabor da água cadente dos céus é doce quase um melado, em suas poças fica as pegadas dos perdidos em suas marolas densas estão os corpos dos vencidos e aos que suportam seus pingos as cicatrizes escorrem em seus membros fracos de luz.

As telhas quebram assim como as almas que se penduram em espíritos rasgados.

E ao longe no céu açucarado um feixe de luz rosado...

Varrendo o adocicado...

Limpando os vitrais neutros...

Os ventos...

Choram seus lamentos...

O polvo dos sentimentos...

Liberando novos pensamentos sem tempos...

Do velho mundo...

Finito.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 11/07/2018
Código do texto: T6387088
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