Olhando
Pela janela do ônibus
Vejo mundos e mais mundos distantes
Vejo casinhas no começo das cidades
Matas e fazendas na beira da estrada
A entrada é proibida pra mim
Mas o sentimento é incontrolável
O olhar não tem dono ou barreiras
A alma queima onde o desejo aponta
Olhando pela janela do ônibus
Eu vejo pela imaginação
Se eu fosse outro horizonte
Mas eu sempre sou um vertical semblante
Um penhasco desejando a planície
Caio em mim
Em minha mesmice
E não é tão duro ser assim