Varandas noturnas (Versão segunda)

Das varandas noturnas, a saudade pingando em beirais e meus olhos destilam lágrimas para lenços beberem. Vai-se o tempo arrastando pelos vãos das histórias se fazendo. Mesmo aquelas que se acabam nunca terminam. Parece estranho, mas é que a vida é sem fim, haja pouca explicação para tal; e para quê buscar entender tudo? A gratidão ao Supremo deve ser sempre colocada sobre a mesa dos banquetes de felicidade. Servir-se da taça de bom vinho, significa escolher bem para nós, mas deve-se saber usufruir da gentileza de oferecer um gole a outros que chegarem, porque o bem deve ser estendido e entendido pelos que recebem, porque assim se faz o reconhecimento em propagação recíproca.

Das varandas o olhar busca estrelas e tudo mais que consegue alcançar. É a tela do que se tem; Bem assim desenhado com mestria, pela luz divina. Vê-se além porque a obra incita prazer, encantamento; E o pensamento fica como que em rede, balançando; Às vezes suspenso, nos fatos e atos, nas saudades e no que fez sentir saudades. Tantas coisas boas, tantas pessoas especiais! Outras tantas causam sofrimentos, mas talvez não quisesse que fosse assim. São todos, mares revoltos ou calmaria. E são todos rochedos para receberem a fúria das ondas, ou praia para sentirem quebrarem levemente as águas da afabilidade. A verdade, é que do mesmo jeito alheio, às vezes fazemos felicidades e às vezes não;

E daí recebemos ou ficamos tristes. Das varandas noturnas, a saudade ainda pinga e meus olhos se secam nas folhagens do tempo.

Takinho
Enviado por Takinho em 14/08/2018
Reeditado em 04/12/2018
Código do texto: T6419331
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