SOBRE HIPOPÓTAMOS E BORBOLETAS
Hipopótamos mergulhados no tanque do Zoológico dissolvem suas tristezas paquidérmicas a observar brilhantes e minúsculos grãozinhos de pó trilhando o caminho iluminado por um distraído raio de sol. Bem pertinho, confundindo-se com as frágeis flores coloridas que brotam naquelas paragens por inocência ou inspiração, uma única borboleta amarela os observa: cúmplice dessa felicidade disfarçada em enfado.
Quem sabe um dia tomava coragem, pousava bem pertinho da orelha do seu escolhido - o mais gordinho -; como por descuido, roçava-lhe as asas de mansinho e, dissimulada, com voz de borboleta perdidamente apaixonada por hipopótamo, sussurrava desculpas por tê-lo incomodado...
Hipopótamos mergulhados no tanque do Zoológico dissolvem suas tristezas paquidérmicas a observar brilhantes e minúsculos grãozinhos de pó trilhando o caminho iluminado por um distraído raio de sol. Bem pertinho, confundindo-se com as frágeis flores coloridas que brotam naquelas paragens por inocência ou inspiração, uma única borboleta amarela os observa: cúmplice dessa felicidade disfarçada em enfado.
Quem sabe um dia tomava coragem, pousava bem pertinho da orelha do seu escolhido - o mais gordinho -; como por descuido, roçava-lhe as asas de mansinho e, dissimulada, com voz de borboleta perdidamente apaixonada por hipopótamo, sussurrava desculpas por tê-lo incomodado...