Afora...
Exteriorizo as reservas da essência com poesia,
Adentrando na incumbência dos sentimentos,
Divulgando com avidez a singeleza da rebeldia,
A cumplicidade do cotidiano e seus elementos,
Procuro este “que” numa investigação incerta,
Recolhendo perdidos pedaços de um eu sadio,
Conduzo denguices em cada nova descoberta,
Desvendo os queixumes de cada alento vazio,
Sou um espaço justaposto às vezes desligado,
Uma questão no horizonte do próprio encalço,
Uma fração terna esquadrinhando o passado,
A desculpa carregada pelo pretexto descalço,
Ao parar, cantarolo os ecos de outras vozes,
Declaro tropeços nos começos meios e fins,
Respondo com firmeza a inquirições algozes,
Numa avaliação flexível adiante dos confins,
Escuto a difusão dos silêncios que me fitam,
Adoto os ‘quiçás’ em nostálgicas avaliações,
Decifro os alvoroços dos temores que gritam,
Guardo as queixas numa caixa de recordações!