Tão Perto, mas Distantes?

Você nunca me entenderà.

Se eu mesmo não entendo.

Nunca vou voltar no tempo.

Eu estou preso entre a poesia

e a lógica da física, entre a dor,

o amor e tudo que existia.

Perdido entre obrigação e desejo.

Entre a bravura e o meu medo.

Eu dei um salto para as estrelas.

Abismo da eternidade em um beijo.

Saudades do que um dia fomos.

Nosso amor está morto?

Aonde nós erramos?

A proximidade nos remeteu

a distância que contra lutamos?

Eu vejo em seu rosto que não

está mais feliz, não conseguiu

cumprir o que prometeu.

Jamais mudariámos o

nosso jeito de amar.

É melhor andar até o mar

e deixar a chama se apagar

de uma vez por todas?

Vale a pena continuar?

E se a gente nunca mais

se amar como antes?

Mesmo perto continuarmos

distantes?

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 08/10/2018
Código do texto: T6470678
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