FANTASIA

Naquela porta, acima do nível da rua,

no segundo patamar da calçada íngreme,

com cor escura em meio a uma vidraça ofuscada,

vou lentamente bater e antes dela abrir, entrar.

Ao passar por ela, aquela que não sei como,

Me faz muito penar.

Vou despertar a manhã fria,

da noite morta que se foi,

e uma revelação do fundo do coração

a ela, manifestar.

Somente olhando para os olhos dela, me revelar.

E quem sabe uma canção silenciosa em voz rouca,

Uma melodia tristonha e saudosa eu irei escutar.

Com certeza matarei o desejo que me mata,

Será uma luz mais clara que o clarão do sol e do luar.

Posso até fazer cochichos aos ouvidos dela,

Mesmo que não haja música, no silencio irei sussurar.

Sei que serei um rei e ela uma graça singular,

reinarei num mundo de sonhos e aventuras,

sentirei a força dela no calor em me abraçar.

Subirei, se preciso, ao espaço sideral,

para alguns sons de uma realidade nova cantar.

Não sei o que será depois dessa realidade,

mas, para sempre, deste dia, eu irei lembrar.

É isso aí!

Acácio Nunes

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 08/11/2018
Código do texto: T6497771
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