COMO SORRIO

Não me incomoda mais o tecido posto sobre o meu rosto para disfarçar o sentimento... Mil vezes fui e mil serei réu... Ah, quanta agonia no disfarce melindroso da sátira que impugna a moral dissociada da norma que rege a vida... E lá vou eu ao assento do acaso orquestradamente disposto a não ser planejado... Como sorrio, como sorrio... E vejo a despontar o plano obtido inconscientemente por via da penumbra de emoções... Como sorrio ainda e mais ainda sorrirei... Que fardo agonizante, mas já pretendia não esperar pela façanha. Oh, Deus, me guarde nessa jornada... Como choro, como choro...