Muita chuva e frutos verdes

Bom Dia amor! A chuva parece que resolveu cair toda de uma só vez. Noto os pássaros mais tranquilos. A chuva amacia a terra onde pequenos bichinhos crocantes se abrigam. Vou saindo pela soleira da porta e então olho para trás e te vejo me chamando assim meio magoada ainda. Eu volto e peço-te perdão. Eu voltarei sempre que me chamares pois sou teu. Mesmo que doa um pouco em mim esse amor tão distante e em você essa inconstância. Somos de carne e osso. Como é difícil perdurar o amor sem poder olhar em teus olhos, segurar em tuas mãos. Ontem salvei um pardal da morte. Entrou na sala e não conseguia sair. Deixou-se pegar meio assustado. Coloquei-o para fora. Nossa mais nobre missão neste planeta; velar pelas pequenas criaturas.

Perdoa amor, pelas minhas ausências. Sou planta frágil que precisa da água que nasce de ti. Sou de poucas vaidades e entre elas gostaria de ver-me refletido em teus olhos e ver-te refletida nos meus. Obrigado pela homenagem. Gostei dela apesar de estares um pouco dolorida. São os fantasmas que a distância cria. Com um abraço tudo se resolveria.