ANA PALLADINI

ANA PALLADINI

“As pessoas não morrem, ficam encantadas” – João Guimarães Rosa

Elos do Tempo…

‘Hagadá’ Alm’Ana,

prefácio:

Corte e Costura na casa da Dona Lourdes,

na José Bonifácio:

ajustes, leveza, aroma de lavanda,

Ana atravessa a varanda, rastro de luzes a cada passo,

reajustes, florão!

E ressurge Ana, mulher incomparável na simplicidade por toda região,

ornada por uma guirlanda de alamandas!

Elos do Tempo…

‘Chavêr’ ‘Chaverá’, Schawirin:

Por Eli, Juiz de Israel,

Ana é Eliana,

amizade esculpida em Catedrais luminosas!

Visita à Ana…

Ana Claridade drapeja a escadaria rumo aos ‘Chaverim’: Eliana, Rodrigo, Ana Paula...

Fotos resplandecem sobre os móveis,

eis Clar’Alice, a aliança, a ‘Achot’, ambas crianças, amorosa ‘Hagadá’ infantil...

Na Biblioteca figura o revolucionário romance-oceânico‘Ulysses’,

e subitamente, reluzente, pelas mãos de Ana, “Gymnopédie” invade a sala,

e eis Satie a reger nossa confabulação estudantil

como oração ‘Hagadá’ Alm’Ana.

‘Haskalá’!

Ana semeia um Império de Sabedoria e de Boas Obras,

e colhe Sonatas, Cabalá, Literaturas, Sétima Arte, Pinturas, ‘Tzaiar’

Galerias,

e nos Quadros, Ana, em euforia,

se põe a ensaiar e a desenhar belas filigranas de Esperança

na tela.

Shalom, Obra de Arte!

Elos do Tempo...

‘Hagadá’ Alm’Ana,

A tela vive, vibra no esplendor das cores do Oriente,

Alice em Tel Aviv,

luminosa tela trilha continentes,

Ana visita, venera e compartilha

fotos da sagrada Colina da Primavera,

Ana, junto a Sarah e Abraão, caminha pelas verdejantes alfombras da Nova

‘Hagadá’,

Face a Face,

e o belo Ana bookmultiface assim narra:

_ Shalom, Schawirin!

_ Ana, meu Anton morreu!

_ Pezar, Pezar, Paz e Bem ao querido Antón; procura a cura, adote outro!

_ Eis, enfim, minha Bionda! Shalom, Ana!

Elos do Tempo...

‘Hagadá’ Alm’Ana,

‘Nostos’:

Alhambra,

‘Hagadá’ Esperança segue em direção à Nova Espanha,

Ana ruma à ‘Í’,

uma história para narrar, deleite sem fim...

Conquanto, ó Zohar, ó feixe de luz, ó encantadora radiância,

ó sina!

Dum dia para o outro, adviestes, Celeste traspasso!

Inquietação,

e então,

Arte-Final:

a quietação e a serenidade.

Linha do Tempo: canto Réquiem...

Nesta hora,

é assim que Ana vive em galerias celestes,

penetrada pela mais terna gratidão,

afinal, Ana é rutilância divina!

Silvio Schawirin Medeiros

Campinas, é dezembro de 2018.