VOA ESCRITA!



O que há de mais leve que uma borboleta? Borboleta é uma pétala que voa. O que se tem na vida, entra assim na pele feito casulo e arrepia como um voo grandioso. Deve ser por isso que escrevemos, a vida é agora, aqui, dia único, tudo numa só vertigem.

E a doçura é tanta que faz uma insuportável cócega na alma, viver é mágico e inexplicável...

Dizer isso é quase igual a tomar uma coca cola gelada, quando se está morrendo de sede. Os poetas têm essa borboleta dentro de si, essa inspiração que se torna viva ao olhar, falar, escrever.

Emanam um calor além do afrodisíaco, como, se tivesse que se abrir para o mundo numa célebre frase do dia...

É assim como falar um idioma pouco usual, do qual o poeta compartilha, é a pétala que não desmonta nem descolore em mãos. É saber do mistério do outro e fazer-se fingidor, da verdade que ainda virá, sob vislumbres destroçados em livros todos lidos...

Somos fragmentados em relação à vida, e trazemos na essência a demolição da alma para ser a cada dia reconstruída, numa dualidade contínua em constante escrever...

A inspiração é assim como uma doce revelação da imaginação do outro, numa camada sagrada de versos e diversos propósitos, todos fiéis ao cheiro das rosas, que perfumam os sentimentos renovados...

E amigos são templos divinos - onde depositamos réstias de razões acordadas pelo sonho do eterno viver feliz...

LMBLM

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Luiza De Marillac Michel
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 30/11/2018
Reeditado em 30/11/2018
Código do texto: T6515929
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