Só os matemático são felizaes

Só os matemáticos são felizes, pois pensam reto e não como os sofridos literatos que pensa em espiral, labiritincamente, por quererem música e poesia.

Filosofam nos botecos, querem arte nas ruas, atiram fora do alvo, do foco, perdem-se em divagações, ouvindo canções, apreciando pássaros.

Ao contrário dos números, as palavras esquenta, queimam as mãos, muitas são de ponta, espetam-se, abrem se por dentro, profetizam, revelam o secreto.

Palavras são como chumbo quente de uma tipografia antiga, moldam-se como a vida, ao vivo, na hora, do pensamento ao ato, de imediato.

Palavras podem ser flecha, bumerangues, podem ter cacos de vidro, navalhas e ferirem na alma, mas também são bálsamos pra corações machucados.