O QUE SOMOS PARA OS OUTROS?

Da beleza a que me atenta os olhos

A qu'então a noto e assim dela me deleito

Do que não s'esforça a vê-la... em tempo algum

Pelo que apreciável e sensível s'é!

E de quem me serve par'alguma coisa, sei lá!

Ao que em meu prazo pode então me satisfazer... alguma vez

Todavia, apenas para meu mesquinho proveito, e só

Mas, de quem preciso aqui se me faz... a toda a hora... e sempre

A quem negar poderia de form'alguma sua presença

Menos ainda dispensá-lo permanentemente, oh! não...

E destarte s'é:

Enquanto fores belo... par'alguém

...serás por ele notado

Enquanto fores útil... par'alguém

. ... serás por ele, às vezes, lembrando

Enquanto fores necessário... no mundo

... jamais serás por ninguém... esquecido

Mas lembre-se

(e que ninguém s'iluda):

Só enquanto fores... belo... útil... e necessário... par'alguém

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12 de janeiro de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 12/01/2019
Reeditado em 12/01/2019
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