EPÍLOGO
Rastejo das coisinhas mundanas, insípidas
'Toc toc' e ei-la cá novamente
Antecipando o fim.
Nobre exímio sentimento do cio
Aquele plangente de outrora
- rabiscado a lápis -
Enternecido.
Embora saiba de onde vem
Meus 'eus' aflorados e em sangria inda pasmam.
Deu-me um ósculo e se ausentou
Morreu devagarinho, aos montes, de roldão.
Raspa a raiz do fleimão e se estende muito
Sem propulsão, à deriva
Marolando, marulhando, de pé.
Meu nigérrimo verso só oculta a capa
E suga a manteiga
Tudo é solidão!
O pó ofuscante do dia tórrido
Far-me-á nunca esquecer
Meus rejeitos pobres, abjetos.
Trará a leda prima
Vingativa e pífia
A beleza lânguida e ostentadora.
Ao dobrar tal esquina
Enviesado olhar extingue a perpétua pena
No rosto sem face da fase mais semântica do amor.
'En passant'!